19 de set. de 2009

Essas casas

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Essas casas
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Nada sei sobre essas casas tão jogadas,

as moradas que as formigas com seu zelo

elegeram, e as aranhas que as adotam,

tecem teias, tecem medos – pesadelo.

O que posso eu saber dessas moradas?

Como vou saber da história das taperas?

(onde o tempo deixa marcas bem profundas

que atravessam labirintos e quimeras).

Nada sei, mas me agrada olhar pra elas

quando saio pra matear em caminhadas

pra espantar as solidões desse meu peito

como quem encontra paz nas madrugadas.

Eu não sei sobre o destino dessas casas,

onde bailam os fantasmas suas milongas,

onde o tempo se espreguiça nas varandas

e onde as tardes se demoram, bem mais longas.
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2 comentários:

Anônimo disse...

Somos casas onde os fantasmas habitam...?
Lindo, lindo mesmo!
Bj, Tê!

Anônimo disse...

Ih, ih!!!!! Roubadíssima! Mas por uma boa causa!!!!
Bj, Álvaro!!!!
Tê!