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Barroco
Toso os cabelos do tempo
Toso os cabelos do tempo
– o que me alivia um pouco –
perco até força na voz
e logo me ponho rouco.
Às vezes me pego aflito
e invado a tua cidade
rude e bárbaro eu grito
morto de sede e saudade.
Pra proteger a aldeia
arvoredos e paisagens
me disfarço entre as areias
e o rio em suas imagens.
Se nublado o pensamento
vem embaçar meu sentido
mas nos jogos que eu invento
posso me sentir mais vivo.
A lua com que me encobre
a noite em seu manto escuro
com seu facho nos descobre
reorientando o futuro.
E quando me sinto insano,
me divido – algo louco –
ora sou homem moderno
ora um poeta barroco.
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Um comentário:
Álvaro, visitei o site. Amei teus poemas! Parabéns!
Não li os outros textos, mas os poemas são dez, lindos!!!
Bj, Tê!
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