Coração
dos povos
Sou
uma onda de explosão e medo
que
rebenta pelas praias
do
coração da América.
Feito
a embarcação abandonada
que
se deixa devorar até o fim
meu
tempo se esvai a esmo…
meus
olhos se cansam
e
dançam sem sentido
mas
sei que há
um
sentido em cada verso…
bebo
cada gole
sem
me importar
com
o correr das horas
– as
madrugadas passam
e no
entanto sempre
estou
a par do tempo.
Há
na poesia
qualquer
coisa que nos revigora
e
mantém aceso
o
coração dos povos
em
sua ânsia de plantar
as
novas sementes…
ainda
tenho algum ar
e um
outro tempo se anuncia
no
sangue suave
de
cada poema.
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